Missão urgente de resgate para Ophelia Baudelaire

The Cupid !

Minha cabeça se ocupava com mil e um pensamentos em quanto andava em direção a cama do meu chalé, onde receberia meu tão merecido descanso, mas algo errado começara a acontecer comigo durante o caminho. Meu coração disparara e minhas veias foram inundadas por uma estranha adrenalina. Minhas pernas estavam muito bambas, meus olhos arregalados, estava assustada com o que estava acontecendo comigo. - [Pelos deuses! O que esta acontecendo comigo?] – [Algum filho de Deimos travesso estaria brincando com a sua cara? Provável...] – [Oras, se for, este se arrependerá!] – Olho em volta, procurando o causador da minha aflição, mas não vejo nada suspeito. Me viro para a bancada que estava encostada na parede e seguro a minha faca. Minhas mão estavam tremulas, então seguro o cabo da arma com muita força. Vejo de relance alguma coisa acontecendo e me viro, vendo ainda com mais medo uma imagem horrenda de um homem com os membros acorrentados. Ele não me deu tempo e foi logo dizendo:

- Não se preocupe com sua defesa agora semideusa, sou o deus Deimos e preciso de sua ajuda agora, pegue o que puder e for precisar no seu chalé e volte aqui que estarei esperando. Por favor vá rápido, estou ficando sem energia para manter essa mensagem.

Levanto uma das sobrancelhas. Mesmo reprimindo um grito de terror consigo pensar com clareza. Estaria eu sendo ingênua em acreditar que aquela imagem era mesmo o Deimos? Ou deveria eu confiar em uma criatura que a pouco brincara com o meu pânico? Não, eu sabia que ele não era nem um pouco confiável... mas algo mais forte me impulsionava a ir, então acento afirmativamente com a cabeça e coloco a minha faca no cinto. Também pego o meu chicote e coloco na outra extremidade do cinto. Calço os meus tênis voadores com pressa, por sorte eles não relutaram.... E por ultimo pego o meu Katar. Digo a imagem:

- E agora? O que você quer de mim?

[Você é muito burra... vai acabar morrendo assim]
[Sim, sim. Eu sei! Mas agora cale-se]

The Cupid !

O deus responde, até um pouco humildemente demais, o que me traz mais um pouco de desconfiança, dizendo:

-Sim, eu sei que causei na senhorita um pânico, mas me desculpe minha aura é incontrolável. Bom, como está vendo fui preso nas portas da morte. Tânatos se recusa a me ajudar, então peço ajuda para você.

Então ele para. Pela sua expressão parecia estar recuperando alguma energia, deveria mesmo estar esgotado... Quem quer que o estivesse prendendo, deveria ser realmente muito poderoso... Mas se fosse jogar ao lado do Deimos, poderia ficar feliz por ele ainda ter uma “aura incontrolável”. Ele continua dizendo:

-Não sei quem é, mas deve ser meu irmão Phobos, o deus do medo. Ele adora me torturar assim como estou agora. Te dou essa pulseira de prata divino que poderá se transformar em qualquer arma que quiser e poderá lhe transportar agora para próximo de onde estou. Estarei te esperando e cuidado, seja quem for o meu sequestrador ele é poderoso em relação a servos. Boa sorte.

O foco da imagem muda. Parece ter descido e o que se mostrava agora era bastante aterrorizante. Vários esqueletos armados e alguns monstros apareciam. Eles só levavam o meu pensamento para um lugar: Mundo Inferior! O lugar onde ninguém entrava ou saía (ai que estava realmente o meu problema) Mas sou distraída quando uma delicada pulseira, enfeitada por vários pingentes aparece em meu pulso. Era bastante bonita... Mas não perco tempo admirando-a. Faço com que ela vire uma espada e sem muito esforço, consigo. Seria bom saber como o item funcionava antes de eu realmente precisar dele... Mas agora que sabia como, faço com que ela volta a ser apenas uma pulseira e levo meu pulso até perto de meu rosto. Olho para ela concentrada, tentando mentalizar o local que apareceu na imagem de Deimos e sussurrando baixinho:

- Me leve até onde devo ir...

Uma onda de motivação me leva a agir quase irracionalmente, mas era tarde demais, agora era só esperar a consequência.

The Cupid !

Após sussurrar tais palavras me sinto estranha, eu diria como uma bola de ping pong! Mas demorou apenas alguns poucos minutos para eu abrir meus olhos e me encontrar em um lugar totalmente diferente. [O céu está vermelho... que lindo!]. Me levanto e vejo que, um pouco longe, estava um portão. Seria para lá o meu destino? Esperava que não, mas para meu desgosto uma voz dizia:

-É lá!

Me sinto novamente inspirada. Se eu já tinha me entregado ao destino e chagado ali, terminaria a minha jornada, mas logo eu esqueci todos esses bons pensamentos. Um cão negro e gigante aparecera na minha frente e ele não parecia nem um pouco amigável. Parecia que iria saltar e me atacar a qualquer momento, ou seja, eu estava perdida! Mas não iria morrer sem lutar, nunca! Uso o meu poder "Brilho ofuscante" e meu corpo brilha muito intensamente. Tinha a intenção de cegar meu adversário e ganhar mais tempo para preparar meu ataque.
Corro para o lado. Se tinha conseguido cegar o cão, mesmo por um momento, ele não saberia do meu movimento evasivo. Espero que ele me ataque e então tento acertar a lateral do corpo do monstro com um corte, me distanciando logo depois. Como a lâmina era envenenada, um arranhão já era o suficiente para mata-lo, era só um questão de tempo. Com o embalo do meu afastamento, uso meu all star para levantar vôo e me distanciar do monstro mais rapidamente.

The Cupid !

O movimento que tinha feito com meu katar já tinha sido fatal ao monstro, que se transforma em poeira dourada. Sorrio, animada e emocionada com a vitória, nunca tinha matado um monstro assim antes. Mas mesmo com as distrações, a adrenalinas e outros mil pensamentos invadindo a minha mente, um se sobressaiu dizendo – [Hey, preste atenção na missão! Você já vai morrer se prestar, imagine se ficar bisando assim...] - [HUM! Ei, espere, o que diabos está brilhando ali?] – [Estava dentro de um monstro! Coisa boa é que não é] – [Só vamos saber se vermos melhor].Me abaixo e levo os meus dedos em direção ao objeto brilhante. Agora era fácil identifica-lo, era um lindo anel! E vinha acompanhado de um bilhete, mas primeiramente desprezo esse e coloco o anel em meu dedo anelar, distanciando a minha mão do meu rosto para ver como ficava. Encaixara perfeitamente! Quão ingênua eu sou... Mas tive sorte, quando me lembrei do bilhete e o li, neste estava escrito:

-Anel do Pânico - deixa um aura do pânico de 3,5m em volta do usuário do anel.

- Olha, olha, que interessante... Será como será que estou?

Apesar de saber que era um anel mágico, e simplesmente deduzir que acabara de ganhar mais um presente de Deimos, não sentia nada diferente. Mas devia estar realmente diva, como uma aura assustadora a minha volta. Isso me faz dar uma risadinha, gostava daquilo. Mas nenhum bom momento dura para sempre. Ainda mais estando em uma missão... Logo começo a ouvir gritos de horror e pedidos de socorro. Eram gritos humanos? De semi deuses? De algum monstro? Eu teria que descobrir por mim mesma, pois pensar naquele momento não me ajudaria muito. Voo em uma baixa altura, tentando me guiar pelos gritos para seguir na direção certa. Será que alguém aceitaria a ajuda de alguém cuja aura causava pânico? Torcia para que sim, pois ajudaria mesmo a força.

- E lá vamos nós de novo, Ophelia. – Sussurro para mim mesmo.

The Cupid !

Voo por tempos e tempo. Parecia estar uma eternidade e meia naquele lugar! Estava ansiando por perigo, por matar mais monstros. [Que pensamento ridúculo! Você deveria FUGIR de perigos, e não procurar por eles. Eles te encontrarão, pode ter certeza!] – [Mas qual a graça de ser um semi-deus se tentar ter a vida de um ser humano “normal?] – [VIVER! NÃO É OBVIU?] –
[Mas viver mediocramente. [Fugirei, fugirei como em uma corrida e encontrarei a mesma morte na chegada, só correrei mais]. Paro a minha indagação quando avisto um inimigo. Eram Harpias! Eu queria brigar, mas antes soltaria o pobre Deimos, por isso me escondo, prometendo a mim mesmo que as mataria mais tarde. Como podia seres que serviam ao acampamento metidas numa enrascada dessas? Me escondo perto de árvores e espero por algum tempo, pois não tarda muito para as harpias irem embora. Agora não mais voaria. Daria um descanso para as asinhas do meu tênis e caminharia um pouco, tinha inimigas no ar... E não demora muito para a intensidade dos gritos aumentarem um pouco.

- Agora estarei preparada com força máxima enquanto há tempo.

Olho para o meu colar e o transformo em uma pistola de porte médio. Depois coloco-o em meu bolso e pego a minha faca, usando o meu poder transfiguração de armas, transformando-a em um cartucho carregado de balas de bronze celestial. Elas teriam o mesmo efeito de balas normais em monstros e em demais coisas do tipo. Carrego o cartucho e tiro a trava de segurança. A partir daquele momento andaria com o katar em uma mão e o revolver em outra. Uma de curta e outra de longa distancia. A pericia em armas me garantia a habilidade de usar ambas.
Depois da rápida corridinha me deparo com uma cena horrível. Deimos estava sofrendo inúmeras torturas. Ele pelo menos parecia estar sentido a minha presença, pois podia jurar que dera uma olhadinha discreta para mim. Já os outros duvidavam até que eu fosse aceitar o desafio? Missão? Seja lá o que fosse, só sei que duvidavam de mim. Iriam se arrepender! Meus olhos ficam totalmente negros, era uma habilidade das feiticeiras que garantia uma certa imunidade a ataque por um pequeno período de tempo. Pelo menos eu não seria o primeiro alvo, pois com o pode das feiticeiras também crio a ilusão de uma caveira com correntes, o símbolo de Deimos, entrando no local. Entro atrás dela, usando o poder “brilho ofuscante” para cegar quem olhasse para mim, miro e atiro uma vez contra o homem encapuzado. Não era um tiro de advertência. Depois olho para as correntes e tento me aproximar. Se estivesse próxima o suficiente, miraria nelas e atiraria também.

The Cupid !

A minha magia de intimidação tinha funcionado muito bem, pois os monstros que estavam torturando o deus do pânico fugiam, largando as suas armas e demais coisas para trás. Será que fora o símbolo de Deimos flutuando sobre seus narizes que os tinham deixado assim? Provavelmente, mas não era nisso que queria pensar naquele momento, pois estava na presença de dois deuses, sendo que um deles eram meu inimigo. O tiro que tinha dado contra o homem encapuzado fora parado de forma misteriosa. Ele parecia bastante forte, principalmente depois que ele se põe entre mim e Deimos com apenas um salto. Ele também era muito intimidador, provavelmente só não estava tremendo de medo naquele momento por causa da aura de pânico que me envolvia.

- Você, menina arrogante, como conseguiu se livrar de um exército de monstros? Bah, não me interessa, acabei com você agora.

Consigo ficar olhando fixamente para tudo que estava ocorrendo, Agora o calor da batalha já tinha me dominado completamente, tanto que não me desespero com o ataque. Um dos meus tiros tinha acertado uma das correntes que prendiam Deimos, libertando o braço dele, que o mesmo usava para me defender. Ele tenta estrangular o ser encapuzado, mas esse se desfaz e se refaz em outro lugar, mas afastado. Não perco tempo, avanço contra Deimos, e miro em mais uma corrente, com cuidado, atirando na mesma. Depois giro, me voltando para o ser de capuz. Durante o meu movimento, consegui discernir algo como:

-Isso é inútil, você devia saber!

Mas não tinha sido inútil afinal. Se tivesse conseguido libertar mais algum membro de Deimos, ele me daria cobertura, se já não fosse suficiente para ele se libertar sozinho. Só esperava não ser traída pelos deus após liberta-lo. Sem tirar os olhos do meu inimigo, tento me aproximar o máximo de Deimos, andando de costas. Nesse meio momento, o deus do pânico cospe sangue e diz para o homem de capuz.

-Phobos, os séculos te deixaram burro, esqueceu do truque da magia. Distraia os olhos, enquanto algo acontece em outro lugar. Não queria te prender e sim te distrair. Ophelia ataque.

[EU ESTOU LUTANDO CONTRA UM DEUS!!!]

Mas não me perco, desnorteada pela perdição de lutar contra um deus, disparo uma vez contra ele e brilho intensamente, para que ele se cegasse ao tentar me fitar. Duvido que aquele humilde poder deixaria um deus cego, mas certamente não seria tão agradável para ele olhar me fitar. Meus olhos totalmente negros também garantiam que eu não seria atacada com prioridade (habilidade dos feiticeiros de Hécate). Então giro, disparando agora contra as correntes que prendiam os pés do deus e voando com meus tênis all star contra o Phobos. Transformo a minha então pistola em um lança chamas. Não precisava de munição, apenas disparo um jato de chamas contra o deus do medo, enquanto tentava acerta-lo com meu katar. Sabia que os deuses eram imortais e que seria inútil lutar contra um, mas as chamas poderiam atrapalha-lo....

The Cupid !

Depois de meu confuso ataque, pude notar, dando um sorrisinho de satisfação, que tinha conseguido libertar o deus Deimos, mas ele parecia estar fraco, pois caiu no chão assim que as correntes não mais sustentavam o seu corpo. Também consigo desvndar o rosto de Phobos e saber que lutava contra um homem de aparentemente 30 anos, cabelo cortado em estilo militar, bem baixinho e arrepiado, com roupas bem humanas: calça jeans e uma blusa preta com as escritas “Fear” em branco. Era uma imagem bem melhor do que eu esperava, pois esperava por um ser horrendo que causava medo ao ser visto, se bem que ele tinha uma expressão bem malévola também. Mas agora estava desacordado e não me despertava tanto medo assim, só queria ir embora antes que ele se recuperasse.

-Preciso da sua ajuda mais do que nunca, não me recuperei totalmente ainda. Atire seus poderes de longe. Sei que pode usar armas de tiro, tem algumas armas que se transformam num vagão de trem ali!

Ele aponta para um vagão com várias armas, esqueço um pouco a idéia de sair dali, era muito poder para eu recusar, dirijo meu olhares brilhantes apara o vagão, mas falo por cima do ombro, para deixar as coisas bem claras:

- Sim, irei te ajudar, mas não quero ser a pivô de uma guerra entre deuses...

Vou até o vagão correndo e ainda consigo ver que o Deimos mancava e deixava escapar sangue dourado pelas suas feridas [Uuh, o sangue dos deus é lindo!] – [Garota, você é doente (-.-)] – A aparência de Deimos começa a mudar para melhor. Agora ele parecia ter 20 anos, vestia roupas militares e tinha armas de ouro em suas costas. – [Isso está começando a ficar sério] – [Pois é, queria ser apenas uma espectadora, assim como Thanatos]. Desamarro o meu katar, colocando-o ao meu lado e transformo a pistola em uma metralhadora. Então pego a primeira arma no vagão, não importava qual, e transformo em um cartucho de metralhadora. Carrego a arma e fico aposta. Quando o Phobos começa a se levantar, miro e aperto o gatilho sem pensar, até que o cartucho acabasse. Torcia para Deimos não entrar na frente. Mas após isso, transformo a metralhadora em colar e olho fixamente para ela, tentando voltar para casa, a minha presença ali não mais importava, agora era só uma figurante na batalha entre dois irmãos deuses

The Cupid !

Phobos acaba desmaiando mais uma vez depois de uma intensa chuva de golpes. Estava acabado ou começando? Era uma pergunta bem difícil de responder no momento, mas no fundo não queria descobrir a resposta. Deimos se aproxima de mim e fala:

- Desculpa de tirar de lá de cima para me ajudar, mas obrigado por tudo. Lembre-se que agora terá a minha benção e os itens que já conseguiu poderá ficar com eles. Mais algum desejo ou favor?


- Desejo voltar para o meu chalé, Sr. Deimos. E obrigada pela recompensa.- Respondo, curtamente.