Treino de Mascotes

Fui com meu pavão treinar um pouco. O nome do pavão é Lamperós, e ele embora pequeno, já conseguia voar. Segui para a sala de treino e pude perceber muitos olhares das meninas de Afrodite para meu pavão, fui um pouco mais rápido antes que alguma delas tentasse me encantar e pegar meu pavão.
- Vamos um pouco mais rápido Lamperós, não quero que ninguém lhe roube.
Chegamos na sala de treinamento de mascotes, e eu estava pensando o que poderia fazer com Lamperós quando um filho de Ares chegou.
- Ora ora, pelo jeito você trouxe o jantar de Aimodípsis, muito obrigado - ele falou e um enorme abutre com penas cor de cobre bateu o bico violentamente. Se um abutre pudesse rir, acho que o som seria algo como aquilo.
- Meu pavão não é jantar de ninguém - falei, ficando na frente de Lamperós para que aquela coisa não ficasse lhe olhando como se ele fosse sua comida.
- Vamos fazer o seguinte: nossos mascotes vão lutar, se Aimodípsis ganhar, seu bichinho vira comida. - disse o filho de Ares dando um sorriso cruel.
Antes que eu pudesse negar e dar o fora dali com Lamperós, o pavão idiota fez uma das coisas mais estupidas que já vi: passou por baixo das minhas pernas e ficou na minha frente, abriu a cauda em leque como se falasse `` eu aceito seu desafio chupeta de baleia``.
Tão pequeno e tão corajoso...Ou tão burro.
O filho de Ares soltou seu abutre que saiu voando pela sala, Lamperós saiu correndo pela sala como um louco e o abutre continuava em seu encalço. O filho de Ares ria como se não houvesse amanhã, e tudo que passava pela minha mente era `` acabei de ganhar o mascote e já vou perder o coitado..``.
O abutre dava rasantes e tentava pegar Lamperós com suas garras afiadas, porém, Lamperós sempre escapava das investidas. O que deixou o filho de Ares bem furioso.
Em determinado momento, Lamperós correu em direção a uma pilastra, e o abutre continuava em seu encalço. Lamperós se esquivou da pilastra, mas digamos que o abutre não foi tão rápido, ele se chocou e caiu com um estrondo. O filho de Ares correu na direção de seu mascote, e eu apenas observava Lamperós desfilando com seu leque de penas aberto, como se falasse ``não se meta com o grande Lamperós! O pavão da deusa Hera!``.

Confesso que eu fiquei rindo daquilo por várias semanas.

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